Documentário "Rádio Nacional" estreia dia 03/10 no Cinesesc



“Rádio Nacional”, documentário de Paulo Roscio, estreia no Cinesesc na próxima segunda-feira, 3 de outubro. Ele apresenta a história deste que já foi considerado o maior veículo de comunicação de todos os tempos. Por meio de resgate de conteúdo de arquivos e de depoimentos de 35 pessoas, entre artistas, jornalistas, humoristas, pesquisadores, radialistas e ex-funcionários, o filme traça a história da Rádio Nacional desde sua criação, em setembro de 1936, até os dias de hoje.

“Radio Nacional” aborda a história da rádio primeiro como iniciativa privada, que logo foi encampada por Getúlio Vargas, alcançando seu apogeu nos anos 1940 e 1950, quando chegou a ter 700 funcionários, entre maestros, músicos, cantores, compositores e atores. A rádio resistiu ainda aos impactos da intervenção militar no país, das turbulências econômicas e das novas tecnologias, que não param de surgir, e hoje busca preservar o espaço dos musicais e a volta das radionovelas em sua programação.

A produção do documentário durou seis anos, incluindo pesquisa, entrevistas, autorizações e edição. Cada um dos entrevistados demonstrou emoção ao reviver as histórias e relembrar curiosidades da Rádio Nacional e programas como o “Repórter Esso”, “PRK-30”, “César de Alencar”, “Paulo Gracindo”, “Balança mais não cai” ou as radionovelas “O Direito de Nascer” e “Jerônimo, o herói do sertão”. O locutor Cid Moreira e o jornalista esportivo Luiz Mendes falam com admiração de Heron Domingues, a voz do “Repórter Esso”, que ia ao ar quatro vezes ao dia. Já Chico Anysio e Paulo Silvino destacaram o humor na programação da rádio que lhes deu o primeiro emprego.

Mas o grande prestígio da Rádio Nacional veio dos programas musicais de auditório, com a presença de orquestras e dos maiores cantores da época, e das radionovelas, ao vivo, às quais os artistas se dedicavam das 8 da manhã até a meia-noite. Marlene emocionada ao lembrar seu título de Rainha do Rádio de 1949 até hoje questionado pelos fãs de Emilinha Borba; Cauby Peixoto confessando os exageros consagrados por César de Alencar; Daisy Lúcidi até hoje no ar com seu “Alô, Daisy!”; e Gerdal dos Santos, com mais de 60 anos de carreira e ainda no ar na Rádio Nacional, revelando os segredos dos estúdios – estes e outros depoimentos reunidos no filme são exemplos que demonstram toda importância e influência da comunicação de massa na cultura nacional .

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