Artista Eduardo Srur intervêm em Cow Parade em SP





Nesta 2ª feira, dia 15 de março, duas vacas da Cow Parade (uma na Av. Paulista, esquina com a Rua Augusta e outra na Av. Faria Lima com a Cidade Jardim) foram surpreendidas pelo famoso Touro Bandido, em mais uma intervenção urbana do polêmico artista Eduardo Srur. A ação reacende o debate da arte publica em meio a uma exposição “importada” como a Cow Parade.

Eduardo Srur, que já vestiu o Borba Gato com colete salva-vidas em um “resgate” de nossos monumentos e espalhou gigantescas garrafas PET à beira do Rio Tietê, desta vez questiona se a exposição de vacas pela cidade de São Paulo representa de fato a arte pública e o seu papel transformador. “Não vejo nenhuma relação entre uma vaca, um símbolo de outro país, e a nossa cidade e sua história. Eu queria resgatar o imaginário brasileiro com o Touro Bandido, um animal que nunca foi domado em rodeios, foi personagem de novela e virou lenda nacional.”, explica Srur

Para ele, trata-se de um contra-ataque. “A vaca é passiva e domesticável, mas mesmo assim ela invade as ruas da cidade. O touro se apropria dela, pois faz parte de sua natureza indomável.” 

Não é a primeira vez que a exposição das vacas é questionada como manifestação artística. Em 2004, em Estocolmo, um grupo de artistas seqüestrou uma vaca. O resgate seria a declaração assinada pelos participantes da Cow Parade, assumindo que não se tratava de um evento de arte. A vaca seqüestrada terminou decapitada e devolvida dentro de um saco.

Na semana passada, a prefeitura de São Paulo mandou retirar 20 vacas das ruas porque faziam alusão a marcas de patrocinadores.


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