Luiz Schiavon, do RPM, fala sobre show e CD para o blog "Fique por dentro"

O RPM se apresenta nesta 6ª feira, dia 18 de maio, na Via Funchal, em SP.
Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e P.A. mostrarão ao público os grandes sucessos da banda, relembrando a saudosa década de 80, e as novas músicas do mais recente CD Elektra. "Dois Olhos Verdes" já é o 2º rock mais tocado nas rádios do país!

Abaixo uma entrevista com o tecladista, arranjador, produtor, uma pessoa que respeito e admiro profundamente: Luiz Schiavon. 



CT -  Depois de 23 anos sem gravar um álbum em estúdio, o RPM ressurge com o álbum Elektra, só com músicas inéditas (em 2002 vocês gravaram o Ao Vivo MTV, com os maiores sucessos). Vocês têm feito muitos shows pelo país, participado de programas de rádio, internet... Como tem sido esse retorno?
LS- Na verdade o álbum da MTV tinha 6 inéditas, além dos sucessos. Mas realmente são 23 anos sem um álbum de estúdio de inéditas. Temos sido surpreendidos por platéias bem jovens e com o o pessoal conhecendo bem as músicas novas. Isso é muito gratificante pois nos dá a certeza de que o novo CD está pelo menos a altura dos clássicos.


CT– O álbum Elektra vem com 2 CD’s: um com as 12 faixas normais e outro com 7 remixes, bem eletrônico. Por que fazer um Cd só com remixes? 
LS- O RPM foi o primeiro artista no Brasil a lançar um remix, em 1985, de Louras Geladas. Eram 3 versões feitas pelo Iraí Campos, Gregão e Julinho Mazzei. Depois disso houve uma boom de lançamentos e remixes. Sempre flertamos com a música de pista, na verdade o RPM estourou antes na noite e depois nas rádios. Assim a idéia de já incluirmos um CD com remixes foi natural. O importante é destacar que esse cd extra é GRATUITO, não tem custo para o comprador.


CT – Inevitável falar dos anos 80, quando o RPM apareceu e estourou no país inteiro. E também quando surgiram grandes artistas e bandas, alguns na ativa até hoje. O que foi a década de 80 pra você?  
 LS- Foi uma época muito fértil para as artes em geral. Com a abertura política houve uma agitação em todos os ramos da cultura e ainda hoje temos reflexos disso nas artes plásticas, teatro, cinema, etc.

CT– Como você vê o rock nacional hoje em dia?  
LS- Acho que falta um pouco de conteúdo e de uma preocupação com o acabamento das canções. Às vezes vc vê até uma boa idéia, mas a maioria dos músicos tem graves limitações técnicas e isso acaba comprometendo o produto final.

CT – Há intenção de gravar um DVD do Elektra?  
LS- Com certeza ! No 2º semestre desse ano.

CT – Dia 18 de maio o RPM faz show na Via Funchal, aqui em SP.  Alguma novidade para essa apresentação?  
LS- Muitas novidades. Inclusão de 4 ou 5 novas músicas, reformulação do cenário, figurino, etc. O show completa um ano de estrada e evoluiu muito nesse período. Essa reestréia reflete esse momento.





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