Les Ballets Trockadero de Monte Carlo


“Elas” dançam nas pontas dos pés – mas as sapatilhas são tamanhos acima dos 40. De perfil, revelam pomos de adão e um semblante um tanto diferente para quem se acostumou as delicadas bailarinas. Tem pelos debaixo dos braços, são mais altas que o normal, deixam a desejar no quesito “beleza”. Mas a maquiagem é impecável, e a técnica idem. O repertório é de primeira, mas para o público resta a surpresa de assistir aos clássicos da dança de uma forma nunca vista antes.

O nome é “Les Ballets Trockadero de Monte Carlo”. Há 36 anos a companhia surgiu para dar um sopro de humor no cenário da dança. No elenco apenas homens, no repertório as principais peças do repertório clássico mundial, e a proposta: fazer graça com a arte do balé mas mostrando, ao mesmo tempo, uma técnica impecável. O resultado? Um sucesso. Em sua história a companhia se firmou no cenário artístico internacional, apresentando-se em festivais e turnês por todo o mundo, conquistando prêmios e o respeito da crítica especializada internacional.  
E o mais importante: levando sempre o público a gargalhadas incontroláveis. No palco os integrantes do Trockadero brincam – literalmente - com a dança. Exageram os passos, derrubam-se uns aos outros, demonstram inveja, brigam por um lugar melhor na ribalta e usam e abusam dos “clichês” da dança clássica.  
Três anos após sua última passagem pelo país, a companhia está de volta para apresentações no Rio de Janeiro (24 de agosto, Theatro Municipal) e em São Paulo (27 e 28 de agosto, no Teatro Bradesco). As vendas ainda não começaram.

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